Entenda como o "tarifaço" de Trump pode afetar o mercado imobiliário brasileiro

Entenda como o "tarifaço" de Trump pode afetar o mercado imobiliário brasileiro

O cenário econômico global está em constante mudança, e as recentes medidas tarifárias dos Estados Unidos contra o Brasil, anunciadas pelo governo de Donald Trump, trouxeram um clima de incerteza. Embora as tarifas de 50% não atinjam diretamente a compra e venda de casas, seus efeitos indiretos podem sim influenciar o mercado imobiliário nacional.

Inicialmente, o anúncio de um "tarifaço" gerou preocupação em diversos setores da economia brasileira, com analistas estimando uma queda considerável no PIB. No entanto, uma lista de isenções publicada pela Casa Branca aliviou a tensão. Produtos importantes para a pauta de exportação brasileira, como petróleo, minérios, suco de laranja e aeronaves, foram poupados da taxação de 50%, e a expectativa de impacto no PIB foi reduzida para algo mais brando.

Mas mesmo com essas isenções, a instabilidade gerada ainda pode ter repercussões no setor imobiliário. Entenda como:

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1. Aumento dos custos de construção

Apesar de a maioria dos materiais de construção utilizados no Brasil ser de produção nacional, alguns insumos e tecnologias importantes ainda são importados. Com a desvalorização do real em relação ao dólar, causada pela incerteza econômica e pela possível menor entrada de moeda estrangeira, esses materiais ficam mais caros. Esse aumento de custo pode ser repassado ao consumidor final, elevando o preço de novos imóveis e de reformas.

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2. Juros mais altos e financiamento mais difícil

Para conter a inflação e a volatilidade do câmbio, o Banco Central pode ser pressionado a manter ou até elevar a taxa Selic. Juros mais altos tornam o crédito imobiliário mais caro, o que impacta diretamente a capacidade de compra de muitas famílias. A compra da casa própria, que já é um desafio, pode se tornar ainda mais difícil em um cenário de financiamentos mais custosos.

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3. Cautela de investidores

A instabilidade econômica leva investidores a serem mais cautelosos. Embora imóveis sejam considerados um porto seguro em tempos de crise, a incerteza pode adiar novos lançamentos imobiliários e diminuir o volume de transações. Por outro lado, a desvalorização da moeda pode tornar o mercado imobiliário brasileiro mais atraente para investidores estrangeiros que buscam ativos com preços mais competitivos em dólar.

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O que esperar?

O cenário ainda é de negociação e cautela. A lista de isenções suavizou o impacto inicial, mas a situação política e comercial entre os dois países continua em evolução. Para o mercado imobiliário, os efeitos não serão imediatos e diretos, mas o aumento do custo de vida e do financiamento podem ser sentidos a médio e longo prazo.

Acompanhar as notícias e as decisões econômicas será fundamental para entender os próximos passos e se preparar para as mudanças. Se você está pensando em comprar, vender ou investir em imóveis, a dica é ficar de olho no mercado de crédito e nas políticas econômicas do país.

Daniel Meneses, (O Corretor) | CRECI: 5197/MA

(98)98136-7133